Estudo químico e avaliação das atividades antioxidante, anti-acetilcolinesterase e anti-leishmanial de extratos de Jatropha gossypifolia L. (Pião roxo)

Autores

  • Giulveline Veras Martins Universidade Estadual do Ceará
  • Selene Maia de Morais Universidade Estadual do Ceará
  • Daniela Ribeiro Alves Universidade Estadual do Ceará
  • Francisco Marcelo Vieira-Araujo Universidade Estadual do Ceará

Palavras-chave:

Euphobiaceae, Antiradical livre, Inibidores da acetilcolinesterase, Antileishmanial

Resumo

Neste estudo foi realizada a análise química de extratos da planta Jatropha gossypifolia L. e avaliadas as suas atividades contra Leishmania infantum, atividade antioxidante e de inibição da enzima acetilcolinesterase (AChE). Foram obtidos os extratos etanólicos das folhas (EEF), do caule (EEC) e do látex (EL). Os testes de prospecção fitoquímica revelaram que a espécie possui uma diversidade de grupos químicos, como com a presença de compostos fenólicos, triterpenos, taninos, saponinas e esteroides. O látex, dentre os extratos testados, apresentou um maior conteúdo de substâncias fenólicas  e apresentou significativa atividade antioxidante, com CI50 de 5,14 µg/mL (DPPH) e 4,03 µg/mL (ABTS), cujos dados foram estatisticamente semelhantes ao padrão quercetina. Todos os extratos da J. gossypifolia apresentaram resultado positivo na inibição da enzima AchE no ensaio em CCD e por espectrofotometria, com concentração inibitória média CI50 de: 24,51 µg/mL para as folhas; 163,240 µg/mL para o caule e 208,826 µg/mL para o látex. De um modo geral todos os extratos da espécie apresentaram eficácia em induzir a morte das promastigotas, com CI50 de 4,76 µg/mL (EEF), 6,51 µg/mL (EEC) e 51,29 ?g/mL (EL), pois valores de CI50 < 50.0 µg/mL são considerados resultados promissores. As folhas de J. gossypiifolia apresentam metabólitos secundários importantes como compostos fenólicos e alcaloides que apresentam uma dupla ação: participando da atividade antioxidante protetora do organismo do enfermo, como também na inibição da enzima AchE, provocando danos nas membranas da Leishmania. Estas atividades correlacionam-se em um potencial produto para o tratamento da Leishmaniose.

Biografia do Autor

Giulveline Veras Martins, Universidade Estadual do Ceará

Aluna do Mestrado em Recursos Naturais da UECE

Selene Maia de Morais, Universidade Estadual do Ceará

Professora Titular do Curso de Química da Universidade Estadual do Ceará. Trabalha na áre de Química de Produtos naturais

Daniela Ribeiro Alves, Universidade Estadual do Ceará

Mestre em Ciências Veterinárias e Doutorando do Programa de Pós-graduação em Ciências Veterinárias da Universidade Estadual do Ceará

Francisco Marcelo Vieira-Araujo, Universidade Estadual do Ceará

Mestre em Ciências Veterinárias pela Universidade Estadual do Ceará

Publicado

20-03-2018