Aspectos Químicos e Ecológicos de Espécimes Masculinos e Femininos de Cecropia Loefl. (Urticaceae)

Autores

  • Fernanda N. José-Chagas Universidade Federal do Rio de Janeiro
  • Marcelo D. M. Vianna Filho Instituto de Pesquisas do Jardim Botânico do Rio de Janeiro
  • Leila Maria Pessôa Universidade Federal do Rio de Janeiro
  • Sônia S. Costa Universidade Federal do Rio de Janeiro

Palavras-chave:

Cecropia Loefl., dioicia, CLAE-DAD, flavonoides, ácidos fenólicos, mamíferos, dieta.

Resumo

As espécies de Cecropia Loefl. (Urticaceae) são popularmente conhecidas no Brasil como embaúbas. Este gênero consiste de árvores dioicas, pioneiras e medicinais. Suas folhas e inflorescências fazem parte da dieta de diferentes animais, principalmente de mamíferos frugívoros. Pouco se sabe sobre o perfil químico das partes reprodutivas de embaúbas e os benefícios de seu consumo, nem como o sexo do espécime influencia este perfil. Amostras de inflorescências femininas de Cecropia glaziovii Snethl. e C. pachystachya Trécul, e de inflorescências masculinas de C. glaziovii e C. hololeuca Miq., coletadas na cidade do Rio de Janeiro, tiveram seu perfil fenólico investigado por CLAE-DAD e o potencial antioxidante avaliado quanto à atividade sequestradora do radical livre DPPH por meio de CCD. Os perfis químicos das inflorescências apresentaram diferenças intersexuais quanto às classes de substâncias fenólicas. Enquanto os ácidos fenólicos, como o 5-O-cafeoilquínico (ácido clorogênico) e protocatecuico, estão presentes em todos os espécimes, flavonoides, como a isoorientina e a isovitexina, foram identificados apenas nas inflorescências masculinas. A ação sequestrante de radicais DPPH dos extratos de embaúbas está relacionada com a presença do ácido cafeoilquínico. A ingestão de substâncias antioxidantes contribui para a defesa contra doenças associadas ao estresse oxidativo, portanto, o consumo de inflorescências de Cecropia pode ser vantajoso para a saúde dos animais.

 

DOI: 10.5935/1984-6835.20140030

Biografia do Autor

Fernanda N. José-Chagas, Universidade Federal do Rio de Janeiro

Graduação em Farmácia, UFRJ - 2003/2006

Mestrado em Química de Produtos Naturais, NPPN, UFRJ - 2006/2009 - bolsista Faperj

Doutoranda em Química, UFRJ - 2009/ - bolsista Capes

Marcelo D. M. Vianna Filho, Instituto de Pesquisas do Jardim Botânico do Rio de Janeiro

Graduação em Ciências Biológicas, UFRJ - 1999/2004

Mestrado em Ciências Biológicas (Botânica), UFRJ / bolsista Capes - 2005/2007

Doutorado em Ciências Biológicas (Botânica), UFRJ / bolsista Capes - 2008/2012

Pós-doutorado, Instituto de Pesquisas Jardim Botânico do Rio de Janeiro, RJ - 2012/2013

Leila Maria Pessôa, Universidade Federal do Rio de Janeiro

Graduação em Ecologia pela Universidade Federal do Rio de Janeiro (1985)

Mestrado em Ciências Biológicas (Zoologia) pela Universidade Federal do Rio de Janeiro (1989)

Doutorado pela Universidade Estadual Paulista (1992)

Pós Doutorado em Ciencias Biológicas. Texas Tech University, Lubbock, TX, USA (1998). A

Professor Associado da Universidade Federal do Rio de Janeiro com experiência na área de Zoologia, com ênfase em Mastozoologia.

Atuação: Rodentia, Chiroptera, evolução morfológica e ontogenia, variação cromossômica, molecular e taxonomia

 

Sônia S. Costa, Universidade Federal do Rio de Janeiro

Graduação em Farmácia e Bioquímica (FF, UFMG);

Mestrado em Química de Produtos Naturais (NPPN, UFRJ);

Doutorado em Química Orgânica (Université Paris XI, França);

Pós-doutorado em Química de Produtos Naturais (Muséum National d’Histoire Naturelle, França).

Professora associada na Universidade Federal do Rio de Janeiro

Atuação em química de substâncias bioativas de origem vegetal.

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Publicado

29-12-2013