Síntese Direta de Nanopartículas de Ouro Conjugadas com a Enzima Tripsina: Aspectos Estruturais e Morfológicos

Síntese e caracterização de um nanobiocompósito constituído pela enzima tripsina, nanopartículas de ouro e o polímero polietilenoglicol

Resumo

Esse trabalho reporta uma rápida e fácil rota de síntese de nanopartículas de ouro associadas à enzima Tripsina, em uma só etapa, como forma de estudar a interação existente na interface enzima/nanopartícula. Os resultados mostraram que a metodologia proposta da síntese foi eficiente, gerando o sistema nanobiconjugado nanopartícula de ouro revestido pela enzima tripsina e o polímero pilietileno glicol (NpAu- PEG-Tri). Através da espectroscopia na região do Ultra Violeta e Visível (UV-Vis) confirmou-se que há a formação da banda plasmônica de superfície do ouro em 524 nm.  Os resultados da espectroscopia na região do infravermelho (FTIR) confirmaram as interações apenas de natureza eletrostática entre a enzima e a superfície da Nanopartícula de ouro através de deslocamentos de alguns modos vibracionais associados à estrutura da enzima. Morfologicamente, as imagens obtidas por Microscopia Eletrônica de Transmissão (MET) mostraram Nanopartículas polidispersas e com geometria esférica, contendo uma camada enzimática na superfície da nanopartícula. Estudos de estabilidade espectroscópica do bionanoconjugado informaram que o sistema se mantém estável durante o tempo de 30 dias analisado sem perda significativa na absorbância máxima. Finalmente, esse material apresenta-se promissor para futuros estudos de interação da enzima tripsina e o seu respectivo substrato, uma vez que sua estrutura química se mantém inalterada diante da síntese proposta.