Avaliação das estratégias pedagógicas utilizadas no estado do Rio Janeiro para o ensino de Química, Física e Biologia no ensino médio durante o primeiro ano da pandemia de COVID-19

Autores

  • Ricardo Soares Instituto Estadual do Ambiente (INEA). Programa de Pós-Graduação em Química, Instituto de Química, Universidade do Estado do Rio de Janeiro https://orcid.org/0000-0002-0353-3174
  • Márcia Cristina Santiago de Mello Secretaria Estadual de Educação do Estado do Rio de Janeiro - SEEDUC-RJ
  • Maurício Gonçalves Margalho Secretaria Estadual de Educação do Estado do Rio de Janeiro - SEEDUC-RJ
  • Angela Sanches Rocha Programa de Pós-Graduação em Química, Instituto de Química, Universidade do Estado do Rio de Janeiro https://orcid.org/0000-0002-3575-4844
  • Cleyton Martins da Silva Universidade Veiga de Almeida: Rio de Janeiro, RJ, BR. Instituto Nacional da Propriedade Industrial: Rio de Janeiro, RJ, BR https://orcid.org/0000-0002-5216-4977
  • Graciela de Klachqin Arbilla Departamento de Físico-Química, Instituto de Química, Universidade Federal do Rio de Janeiro, https://orcid.org/0000-0001-7732-8336

DOI:

https://doi.org/10.21577/1984-6835.20210073

Palavras-chave:

Antropoceno, Globalização, Pandemia de COVID-19, ensino remoto emergencial, ciências da natureza.

Resumo

Em 11 de março de 2020, a Organização Mundial de Saúde declarou que a epidemia da nova doença COVID-19 fugiu ao controle e tornara-se uma pandemia zoonótica global. Consequentemente, mais de 190 países implantaram medidas para a contenção do surto da doença, dentre elas o Lockdown, principalmente para não saturar os respectivos sistemas de saúde. A humanidade se encontrou em um momento disruptivo inédito na qual a educação básica foi obrigada a mudar, compulsoriamente, o tradicional paradigma do processo de ensino-aprendizagem presencial para a adoção do ensino remoto emergencial intermediado massivamente por alternativas tecnológicas. No estado brasileiro do Rio de Janeiro foi decretado que não haveria perda de dias letivos relativos ao ano de 2020. Logo, os professores de Química, Física e Biologia se viram obrigados a desenvolver atribuições e competências digitais online para o qual não estavam minimamente preparados. Os professores dessas disciplinas da rede privada de ensino do Rio de Janeiro obtiveram condições tecnológicas mais favoráveis, assim como melhor retorno das atividades online síncronas e assíncronas por parte dos estudantes e familiares, mas mesmo assim foram relatados o agravamento de fadiga e o esgotamento profissional. Por outro lado, os respectivos professores da educação básica da rede federal de ensino não lecionaram aulas em 2020, como política pedagógica para não acentuar a desigualdade em seu corpo estudantil, mas o mesmo não foi observado na rede estadual de ensino, que é responsável pela educação de quase 500.000 estudantes do estado do Rio de Janeiro. Dentre as inúmeras abordagens adotadas pelos professores de Química, Física e Biologia da rede estadual destaca-se a criação de 36 videoaulas que foram transmitidas em uma emissora de televisão aberta e na TV ALERJ. Foi constatado um mesmo comportamento de queda praticamente exponencial nas visualizações das videoaulas, o que pode acarretar na perda da qualidade da literacia científica dos estudantes do ensino médio, que poderão se tornar mais vulneráveis à fake news e fake sciences, assim como ter uma piora na futura formação da cidadania e no senso crítico.

Biografia do Autor

Ricardo Soares, Instituto Estadual do Ambiente (INEA). Programa de Pós-Graduação em Química, Instituto de Química, Universidade do Estado do Rio de Janeiro

Possui Graduação em Química Industrial pela UFF; Licenciatura Plena em Química pela Universo; Mestrado e Doutorado em Geociências (Geoquímica Ambiental) pela UFF, tendo sido premiado com a "Bolsa Nota 10 - Doutorado" pela FAPERJ. Iniciou Pós-Doutorado junto ao Instituto de Química da UFRJ, tendo sido agraciado com a "Bolsa Nota 10 - Pós-Doutorado", mas interrompeu para assumir o cargo de Analista Ambiental do Instituto Estadual do Ambiente (INEA). Foi Professor do Departamento de Química da Universidade Federal Rural do Rio de Janeiro - UFRRJ, atuando nas disciplinas do setor de Química Analítica e Ambiental; foi Professor de Química do Instituto Federal do Rio de Janeiro ? IFRJ; foi professor dos cursos técnicos de Meio Ambiente e de Petróleo & Gás da Index Cursos Profissionais, ministrando as disciplinas: Resíduos Sólidos e Introdução ao Meio Ambiente. Atuou em consultorias técnicas especializadas nas áreas de resíduos sólidos e gestão ambiental, tanto para a iniciativa privada quanto para o setor público. Adicionalmente, foi Pesquisador em Química Analítica e Ambiental no Centro de Tecnologia Mineral (CETEM). EM 2014 assumiu o cargo de Químico Industrial no INEA, sendo imediatamente convidado a assumir o Cargo de Chefe de Serviço Saneamento (SESAN) na Gerência de Licenciamento de Atividades de Saneamento e Resíduos (GELSAR - INEA). Atualmente é autor de artigos científicos e revisor de periódicos internacionais; Químico Industrial na Coordenadoria de Acompanhamento dos Instrumentos de Licenciamento Ambiental (CILAM) do INEA; Professor do Curso de MBA em Planejamento e Gestão Ambiental da Universidade Veiga de Almeida - UVA. Tem experiência nas áreas de Química Analítica, Química Ambiental, Geoquímica Ambiental, Planejamento e Gestão Ambiental, com ênfase em: determinação de estoques de carbono e nitrogênio em solos (Matéria Orgânica do Solo); Inventário de Emissões de Gases de Efeito Estufa; Verificação de Inventário de Emissões de Gases de Efeito Estufa; Gestão de Resíduos Sólidos Urbanos (RSU); Gestão de Resíduos da Construção Civil (RCC); Monitoramento Ambiental; Análise de Elementos Potencialmente Tóxicos; Gerenciamento de Áreas Contaminadas; Gerenciamento de Material a ser Dragado; Poluição e Contaminação de compartimentos aquáticos e terrestres.

 

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Publicado

22-12-2021