Avaliação das estratégias pedagógicas utilizadas no estado do Rio Janeiro para o ensino de Química, Física e Biologia no ensino médio durante o primeiro ano da pandemia de COVID-19
DOI:
https://doi.org/10.21577/1984-6835.20210073Palavras-chave:
Antropoceno, Globalização, Pandemia de COVID-19, ensino remoto emergencial, ciências da natureza.Resumo
Em 11 de março de 2020, a Organização Mundial de Saúde declarou que a epidemia da nova doença COVID-19 fugiu ao controle e tornara-se uma pandemia zoonótica global. Consequentemente, mais de 190 países implantaram medidas para a contenção do surto da doença, dentre elas o Lockdown, principalmente para não saturar os respectivos sistemas de saúde. A humanidade se encontrou em um momento disruptivo inédito na qual a educação básica foi obrigada a mudar, compulsoriamente, o tradicional paradigma do processo de ensino-aprendizagem presencial para a adoção do ensino remoto emergencial intermediado massivamente por alternativas tecnológicas. No estado brasileiro do Rio de Janeiro foi decretado que não haveria perda de dias letivos relativos ao ano de 2020. Logo, os professores de Química, Física e Biologia se viram obrigados a desenvolver atribuições e competências digitais online para o qual não estavam minimamente preparados. Os professores dessas disciplinas da rede privada de ensino do Rio de Janeiro obtiveram condições tecnológicas mais favoráveis, assim como melhor retorno das atividades online síncronas e assíncronas por parte dos estudantes e familiares, mas mesmo assim foram relatados o agravamento de fadiga e o esgotamento profissional. Por outro lado, os respectivos professores da educação básica da rede federal de ensino não lecionaram aulas em 2020, como política pedagógica para não acentuar a desigualdade em seu corpo estudantil, mas o mesmo não foi observado na rede estadual de ensino, que é responsável pela educação de quase 500.000 estudantes do estado do Rio de Janeiro. Dentre as inúmeras abordagens adotadas pelos professores de Química, Física e Biologia da rede estadual destaca-se a criação de 36 videoaulas que foram transmitidas em uma emissora de televisão aberta e na TV ALERJ. Foi constatado um mesmo comportamento de queda praticamente exponencial nas visualizações das videoaulas, o que pode acarretar na perda da qualidade da literacia científica dos estudantes do ensino médio, que poderão se tornar mais vulneráveis à fake news e fake sciences, assim como ter uma piora na futura formação da cidadania e no senso crítico.Downloads
Publicado
22-12-2021
Edição
Seção
Artigos
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