A Influência da Ação Humana na Redução da Capacidade de Remoção de CO2 na Floresta Amazônica

Autores

Palavras-chave:

Amazônia, CO2, Gases de Efeito Estufa, Mudanças Globais

Resumo

A Floresta Amazônica desempenha um papel importante para o clima tropical da América do Sul, em particular para a recirculação do vapor d’água para a atmosfera e representa um potencial reservatório de carbono que se fosse liberado totalmente contribuiria significativamente com o aquecimento global. Toda a região está sob forte pressão humana, através de exploração madeireira, conversão de floresta e outras formas de exploração de recursos. Aqui, apresentamos uma forma de examinar os fluxos de carbono na Amazônia, ao realizar perfis verticais atmosféricos de CO2 com aeronaves de pequeno porte regularmente e que sejam representativos de escalas regionais. Ao combinar estas medidas com os registros de background nas ilhas de Barbados e de Ascenção, estimamos o fluxo médio mensal de carbono para cerca de 20% da Amazônia Brasileira. Existem dois desafios primários nas medidas de CO2: precisão e acurácia. O método desenvolvido para garantir tanto a precisão quanto a acurácia de nossas medidas é apresentado. A análise das linhas de tendência entre as medidas no topo de perfil e das medidas realizadas abaixo da Camada Limite Planetária mostra uma mudança de contribuição ao longo do período estudado, que é confirmada quando se analisam os fluxos médios anuais de CO2. A tendência de mudança nos fluxos mostra comportamentos similares aos observados na mudança do uso da terra, principalmente na conversão de áreas de floresta em áreas de agropecuária, destacando a influência da ação humana na mudança da Amazônia Oriental de um sumidouro para um emissor de CO2 atmosférico.

Biografia do Autor

Luciano Marani, Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais - INPE

Pesquisador bolsista do Laboratório de Gases de Efeito Estufa (LaGEE/INPE). Doutor em Geofísica Espacial pelo Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais desde 2007.

Publicado

30-10-2020