Utilização da Casca de Pinus para Extração de Taninos e Aplicar como Coagulante no Tratamento do Efluentes Industriais

Autores

  • Jair Juarez João Universidade do Sul de Santa Catarina
  • Walter Satiro Júnior Empresa PROJELAB

Palavras-chave:

Tratamento de efluentes, Reuso de água, Contaminantes

Resumo

Estudos vêm demonstrando que os resíduos vegetais podem ser utilizados para extração de tanino e ser aplicado como coagulantes no tratamento de efluentes líquidos. Diante desse cenário, o objetivo deste trabalho foi utilizar a casca de Pinus para fazer a extração de taninos e aplicar como coagulante no tratamento de efluente industriais. Inicialmente foi feito a extração de taninos da casca de Pinus utilizando diferentes solventes, como bissulfito de sódio 5%, etanol e água. Os taninos obtidos foram utilizados como coagulantes no tratamento de efluentes gerados em uma indústria de saneantes domissanitários. Os resultados obtidos mostraram que a remoção dos contaminantes aumenta à medida que se aumenta a concentração de tanino no meio, sendo que os melhores resultados foram observados entre 3000 a 3500 mg L-1. Com a concentração de 3500 mg L-1 de taninos, os valores médio para remoção de detergente foi 98%, cor 96,4%, turbidez 92,2%, DQO 85,1% e DBO 91%. Entretanto, para concentrações menores os valores de remoção foram inferiores. Com estes resultados, foi possível esquematizar uma proposta de estação de tratamento de efluentes, que apresenta a capacidade de condicionar o efluente para que possa ser reutilizado na empresa para fins não-potáveis.

Biografia do Autor

Jair Juarez João, Universidade do Sul de Santa Catarina

Atualmente é professor de tempo integral na Universidade do Sul de Santa Catarina, onde atua como Professor Permanente do Programa de Pós Graduação em Ciências Ambientais e coordenador de grupo de pesquisas, cadastrado no CNPq. Como pesquisador vem estudando novas metodologias para tratamento de efluentes domésticos e industriais; e utilizando microrganismos e enzimas seletivas para remediação de compostos orgânicos em águas residuais e em resíduos sólidos para remediação de passivo ambiental através da produção biotecnológica de compostos orgânicos mais sustentáveis. Além disso, vem participando ativamente de serviços nas áreas analíticas, ensaios de águas, efluentes, carvão e cinzas, bem como em convênios e parcerias de cooperação técnica e institucional com órgãos ambientais. O professor também é coordenador de diversos projetos fomentados pelas agências financiadoras de projetos. Na Sociedade Brasileira de Química (SBQ), foi Secretário da Regional de Santa Catarina em dois mandatos (2014-2018) e atualmente é vice-secretário da SBQ-SC. Também foi DIRETOR do Centro Tecnológico, UNISUL, período de 10/02/2002 a 30/06/2009.

Walter Satiro Júnior, Empresa PROJELAB

Engenheiro Químico formado pela Universidade do Sul de Santa Catarina. Atualmente é engenheiro responsável pelo setor de pesquisa e desenvolvimento da empresa PROJELAB e vêm atuando ativamente em projetos na área ambiental.

Publicado

03-07-2019