Resíduos de Equipamentos Eletroeletrônicos: O Antropoceno Bate à Nossa Porta
Resumo
Esta revisão descreve a dimensão do problema que representam os resíduos de equipamentos eletroeletrônicos em termos tecnológicos, ambientais, socioculturais, econômicos e de saúde humana. Nos últimos anos a velocidade de produção desse tipo de lixo atingiu patamares assustadores, e o nível de percepção das populações frente aos desafios impostos para a sua gestão varia grandemente de um país para outro. As soluções para os resíduos eletroeletrônicos são extremamente complexas, desde o estabelecimento de uma logística reversa eficaz de produtos usados e de protocolos de manufatura reversa, até a proposta de tecnologias capazes de processar os componentes dos diversos produtos eletroeletrônicos. As placas de circuito impresso, os tubos de raios catódicos e as telas de cristal líquido são os componentes de reciclagem mais difícil devido à natureza multicomponente dos mesmos: se por um lado contêm elementos de alto valor agregado em quantidades muito superiores àquelas de fontes primárias, também apresentam componentes metálicos e compostos orgânicos altamente tóxicos à saúde e causadores de impactos ambientais. O Brasil começou a dar atenção ao problema dos resíduos eletroeletrônicos há relativamente pouco tempo. A despeito de iniciativas em curso, o país ainda tem um longo caminho a percorrer até o estabelecimento de um sistema de gestão que contemple todas as suas etapas e peculiaridades como a sua extensão territorial. Os resíduos de equipamentos eletroeletrônicos são um dos símbolos mais eloquentes do AntropocenoPublicado
25-01-2019
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Artigos
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