Potencial Energético da Casca de Coco (Cocos nucifera L.) para Uso na Produção de Carvão Vegetal por Pirólise
Palavras-chave:
bioenergia, biomassa, resíduos, piróliseResumo
A falta de um destino correto para o descarte dos resíduos de coco verde e seu potencial como biomassa estimula sua utilização para fins energéticos. Este trabalho teve como objetivo investigar o potencial energético da casca de coco verde (Cocos nucifera L.) para produção de carvão vegetal através de estudo pirolítico. Para a obtenção do carvão vegetal, as amostras foram submetidas à pirólise, nas temperaturas de 300 °C (CP300), 350 °C (CP350), 400 °C (CP400), 450 °C (CP450) e 500 °C (CP500). A casca de coco e os carvões produzidos foram caracterizados mediante: análise imediata, poder calorífico superior (PCS) e análise termogravimétrica (TG). Para os carvões vegetais produzidos, foram também determinados seus rendimentos gravimétricos, energéticos e em carbono fixo. Observou-se que, com o aumento da temperatura de pirólise, houve a diminuição do teor de voláteis (CP300=37,95% e CP500=14,94%) e, consequentemente, aumento do carbono fixo (CP300=56,42% e CP500=79,39%) e PCS (CP300=28,84 MJ/kg e CP500=29,59 MJ/kg). O aumento da temperatura também provocou a diminuição do rendimento gravimétrico (CP300=48,05% e CP500=33,29%) e energético (CP300=66,50% e CP500=52,76%) e um aumento na estabilidade térmica. Pode-se concluir que o carvão vegetal da casca de coco verde é uma alternativa para o reaproveitamento energético desse resíduo e tem condições para ser utilizado como carvão vegetal comercial.Publicado
15-05-2018
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Artigos
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