A Hanseníase e a sua Quimioterapia

Autores

  • Nubia Boechat Farmanguinhos/Fiocruz
  • Luiz C. S. Pinheiro Farmanguinhos/Fiocruz

Palavras-chave:

Hanseníase, quimioterapia, doenças negligenciadas.

Resumo

A hanseníase é uma doença infecciosa tropical negligenciada, presente em 141 países e territórios ao redor do globo. Em 2010 foram diagnosticados cerca de 245 mil novos casos no mundo. O Brasil foi o segundo país com o maior número de casos. O primeiro tratamento da hanseníase começou nos anos 40 com o desenvolvimento da dapsona, rifampicina e clofazimina. Estas drogas foram usadas em monoterapia apresentando efeitos colaterais e resistência ao M. leprae. Para superar este problema, a Organização Mundial de Saúde (OMS) introduziu a poliquimioterapia (PQT), que tem se mostrado bastante eficaz, embora a meta de eliminação da hanseníase não tenha sido atingida. Desta forma, existe a necessidade urgente de se pesquisar novos fármacos que sejam seletivos, mais eficazes e menos tóxicos. Esta revisão aborda os aspectos históricos e a relevância desta doença, assim como os avanços recentes da pesquisa sobre compostos sintéticos e a quimioterapia atual.

 

DOI: 10.5935/1984-6835.20120020

Biografia do Autor

Nubia Boechat, Farmanguinhos/Fiocruz

Possui graduação em Faculdade de Farmácia pela Universidade Federal do Rio de Janeiro (1976), mestrado em Química de Produtos Naturais pela Universidade Federal do Rio de Janeiro (1982) e doutorado em Química Orgânica pela Universidade Federal do Rio de Janeiro (1996). É tecnologista da Fundação Oswaldo Cruz desde 1986, sendo chefe de grupo de pesquisa desde 1987, onde tem ocupado vários cargos de gestão. Foi diretora executiva de Farmanguinhos/Fiocruz (2003-2005) e Subsecretária de Saúde de Niterói/RJ (fev.- agosto de 2007). Atualmente é tecnologista sênior da Fundação Oswaldo Cruz.Tem experiência em gestão pública e tecnológica e na área de Assistência Farmacêutica. Possui vasta experiência na área de Química, com ênfase Química Medicinal e Síntese Orgânica de heterocíclos e organofluorados, onde atua na P&D de fármacos para as Doenças Negligenciadas (tuberculose, malária, leishmania, doença de Chagas) e AIDS.

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Publicado

18-06-2012