Avaliação do potencial de uso de biofertilizante de esterco bovino resultante do sistema de manejo de produção orgânica e convencional de leite

Autores

  • David Vilas Boas de Campos

Palavras-chave:

Adubação orgânica, biodigestor, resíduos agrícolas, tratamento de dejetos animais.

Resumo

Objetivou-se avaliar o potencial de utilização como adubo orgânico do biofertilizante, resultante da biodigestão anaeróbica de dejetos de bovinos de leite, sob sistema orgânico (DBSO) e convencional (DBSC) de produção. Utilizaram-se oito protótipos de biodigestores abastecidos com os dejetos de bovinos. O delineamento experimental foi o inteiramente casualizado, com 4 repetições para cada tratamento. Após o processo de biodigestão anaeróbica foram realizadas análises químicas, físico-químicas e biológicas, de acordo com a Resolução CONAMA 375/06. Os biofertilizantes oriundos de DBSO e DBSC apresentaram um teor de carbono mínimo para serem considerados fertilizantes orgânicos, com valores de 392,4 e 411,9 g kg-1, respectivamente. A biodigestão anaeróbica elevou o pH e reduziu a condutividade elétrica (CE) no material efluente, apresentando diferença estatística entre os dois tratamentos. Os teores de Mg, K e Fe foram superiores nos biofertilizantes de DBSO e os de Mn, Cu, Zn e Ba foram maiores nos biofertilizantes de DBSC. No biofertilizante oriundo de DBSC o teor de Cd ficou acima do permitido por lei para fertilizantes orgânicos. Portanto, os sistemas de produção de leite influenciam nas características químicas e físico-químicas do biofertilizante produzido. O esterco produzido por bovinos sob sistema orgânico de produção de leite demonstrou maior potencial de uso como adubo orgânico quando comparado ao esterco oriundo do manejo convencional.

Publicado

08-11-2017