Efeito Citotóxico de Extratos Obtidos de Cecropia catharinensis Cuatrec (Urticaceae)

Autores

  • Ana Paula de Almeida Universidade do Porto
  • José C. Quintela Universidade do Porto
  • Douglas S. A. Chaves Universidade Federal Rural do Rio de Janeiro
  • João F. Barbosa Cooperativa de Ensino Superior Politécnico e Universitário
  • Madalena Pinto Universidade do Porto
  • Madalena Pedro Universidade do Porto

Palavras-chave:

Cecropia catarinenses, efeito inibitório do crescimento, linhas celulares tumorais.

Resumo

Os produtos naturais derivados de plantas continuam a ser uma importante fonte de substâncias biologicamente ativas para o tratamento do câncer. A ação citotóxica do gênero Cecropia ainda é pouco investigada, e a espécie C. catharinensis é aqui avaliada pela primeira vez. Este estudo relata a composição fitoquímica das folhas de C. catarinensis, além de sua atividade inibitória, in vitro, no crescimento celular de três linhagens de células tumorais humanas: adenocarcinoma de mama (MCF-7), células não pequenas de cancro de pulmão (NCI-H460) e melanoma (A375-C5), pelo extrato bruto (CME) e duas frações semi-purificadas (CME1 and CME2). O extrato bruto CME foi obtido por extração exaustiva das folhas secas de C. catarinensis. A fração de baixa polaridade (CME1) foi obtida a partir de CME pelo tratamento com diclorometano e acetato de etila, e a fração polar (CME2) corresponde ao resíduo insolúvel obtido no referido tratamento. Os efeitos do extrato bruto e das frações semi-purificadas foram avaliados sobre o crescimento celular de linhagens de células tumorais de acordo com os procedimentos adotados pelo Instituto Nacional do Câncer (NCI, USA). Os resultados foram expressos como valores médios de IC50 (?g.mL-1) ± SD dos três experimentos independentes realizados em duplicata. CME inibiu o crescimento celular das três linhagens utilizadas nos ensaios biológicos. A fração menos polar CME1 apresentou a maior atividade inibitória entre as três amostras testadas. A fração polar CME2 mostrou ser moderadamente ativa contra as linhagens MCF-7 e  NCI-H460 e foi inativa sobre as células A375-C5. Os resultados indicaram que a espécie C. catarinenses é uma potencial fonte de substâncias com ação citotóxica.

 

DOI: 10.5935/1984-6835.20160002

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Publicado

03-01-2016