Estudo Reológico da Pectina Extraída da Casca de Maracujás

Autores

  • Wilson B. do Nascimento Filho Universidade Federal de Roraima
  • Antonio A. de Melo Filho Universidade Federal de Roraima

Palavras-chave:

Viscosimetria, Massa molecular viscosimétrica, Viscosidade cinemática, Viscosidade intrínseca.

Resumo

A pectina vem sendo utilizada como fibra dietética por apresentar efeitos benéficos ao organismo humano. Embora os albedos cítricos sejam as fontes mais usuais para extração de pectina comercial, as pectinas apresentam características diferentes, como grau de esterificação, tamanho das partículas, propriedades reológicas, solubilidade e capacidade de gelificação, que estão diretamente ligadas à matéria-prima utilizada para sua extração, o que acarreta na necessidade do estudo de fontes alternativas de obtenção de pectinas. O objetivo deste trabalho foi determinar alguns parâmetros viscosimétricos (viscosidade cinemática, viscosidade intrínseca, constantes viscosimétricas e massa média molecular viscosimétrica pelos métodos de extrapolação gráfica e pela determinação a partir de um único ponto) da pectina extraída de três espécies de maracujás (Passiflora edulis, Passiflora alata e Passiflora quadrangulares) cultivadas no estado de Roraima. As soluções diluídas de pectina apresentaram um comportamento exponencial em função do aumento da temperatura, caracterizando-as como fluidos newtonianos. O coeficiente de determinação obtido através da regressão exponencial dos dados de viscosidade cinemática das soluções de pectina foram (0,9), sendo este um ótimo ajuste para as curvas de viscosidade. Determinou-se a viscosidade intrínseca pelo método de extrapolação gráfica (Huggins; Kraemer; Martin; Schulz-Blaschke) e por um único ponto (Schulz-Blaschke; Solomon e Ciuta; e Deb e Chanterjee). Verificou-se que o método de determinação por um único ponto não foi apropriado para obtenção da viscosidade intrínseca para este sistema. Os valores negativos de KH demonstraram uma boa solvatação para as cadeias poliméricas de pectina. Determinou-se a distância média quadrática entre as extremidades das cadeias poliméricas por meio da equação de Flory, utilizando-se os dados viscosimétricos (Huggins), bem como as massas moleculares obtidas por meio da equação de Mark Houwink–Sakurada, obtendo-se valores em uma faixa de 5,44 x 10-22 a 4,26 x10-23 cm.

 

DOI: 10.5935/1984-6835.20160061

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Publicado

17-05-2016