Intoxicação por Organofosforados: Tratamento e Metodologias Analíticas Empregadas na Avaliação da Reativação e Inibição da Acetilcolinesterase

Autores

  • Laura Patricio A. N. Cavalcanti Instituto Militar de Engenharia
  • Alcino P. de Aguiar Instituto Militar de Engenharia
  • Josélia A. Lima Instituto Militar de Engenharia
  • Antônio Luis S. Lima Instituto Militar de Engenharia

Palavras-chave:

Organofosforados, reativação, acetilcolinesterase, oxima, inibição.

Resumo

Derivados organofosforados (OPs) inibem a enzima acetilcolinesterase (AChE) acarretando hiperestimulação colinérgica, danos irreversíveis e morte. Estes compostos são utilizados no âmbito civil e militar, como pesticida e armas químicas, respectivamente, e são responsáveis por mais de três milhões de casos anuais de intoxicações, assim como mais de 250.000 mortes por ano a partir de auto-intoxicações intencionais, representando 30% dos suicídios no mundo. Os OPs sarin, soman, tabun e VX vêm sendo empregados como armas de guerra por diferentes grupos terroristas. Derivados de oxima (pralidoxima e obidoxima) agem como antídoto na etapa de detoxificação, porém os resultados ainda não são satisfatórios, pois estes fármacos possuem baixa penetração na barreira hematoencefálica e uma ação nucleofílica ineficiente frente a OPs. Assim, diferentes métodos analíticos podem ser utilizados para monitorar a eficiência de fármacos com propriedade de reativar ou inibir a enzima AChE. Este trabalho oferece uma visão geral dos derivados de oximas atualmente usados como potenciais reativadores e inibidores, assim como das principais metodologias utilizadas no monitoramento de reativação ou inibição de AChE.

 

DOI: 10.5935/1984-6835.20160056

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Publicado

11-02-2016