Um Novo Processo para a Obtenção do Antimoniato de Meglumina, Visando a Produção do Medicamento Genérico

Autores

  • Alcione S. de Carvalho Fundação Oswaldo Cruz
  • Silvio Luiz Duarte Fundação Oswaldo Cruz
  • Jorge Carlos S. da Costa Fundação Oswaldo Cruz
  • Núbia Boechat Fundação Oswaldo Cruz

Palavras-chave:

Antimoniato de meglumina, Glucantime®, leishmaniose, antimoniais pentavalentes, “scale-up”.

Resumo

O antimoniato de meglumina (Glucantime®) é o fármaco de primeira escolha utilizado para o tratamento da leishmaniose. Apesar de ser utilizado por mais de meio século, sua composição e seus contaminantes tóxicos inorgânicos ainda não estão totalmente elucidados. Estes problemas afetam diretamente a qualidade do medicamento genérico formulado, resultando em efeitos secundários graves. Neste artigo nós relatamos um novo processo melhorado de obtenção do insumo farmacêutico ativo (IFA) de antimoniato de meglumina, visando a produção do medicamento genérico. A obtenção do antimoniato de meglumina em escala de bancada, a sua otimização e posterior “scale-up” do processo foram realizadas, através da metodologia “one-pot” e não foram utilizados solventes orgânicos derivados do petróleo. O antimoniato de meglumina foi obtido em bom rendimento e apresentou baixo teor de contaminantes tóxicos. Em trabalho complementar, a avaliação calorimétrica da reação bem como as análises de metais pesados foram feitas, visando a segurança, economicidade e reprodutibilidade do processo. A atividade leishmanicida deste IFA foi avaliada por outro grupo que reportou a sua efetividade quando comparado ao fármaco de referência Glucantime®. Paralelamente ao desenvolvimento do processo de síntese foi proposta uma metodologia para o tratamento e reciclagem dos efluentes, com o objetivo de melhorar a performance do processo e diminuir o custo com tratamentos de rejeitos.

 

DOI: 10.5935/1984-6835.20150030

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Publicado

04-02-2015