Efeito Antinociceptivo e Anti-inflamatório de Caulerpa kempfii (Caulerpaceae)

Autores

  • Carolina B. B. da Matta Universidade Federal de Alagoas
  • Luiz Henrique A. Cavalcante-Silva Universidade Federal de Alagoas
  • João Xavier de Araújo Júnior Escola de Enfermagem e Farmácia
  • George Emmanuel C. de Miranda Universidade Federal da Paraíba
  • Katherine X. Bastos Universidade Federal da Paraíba
  • Jessica Celestino F. Sousa Universidade Federal da Paraíba
  • Bárbara Viviana O. Santos Universidade Federal da Paraíba
  • José Maria Barbosa-Filho Universidade Federal da Paraíba
  • Magna Suzana Alexandre-Moreira Universidade Federal de Alagoas

Palavras-chave:

Caulerpa kempfii, antinociceptivo, anti-inflamatório, algas verdes.

Resumo

Os organismos marinhos são uma fonte rica para a pesquisa de novos protótipos de fármacos, entre eles, as algas são um grupo muito diverso, com diferentes características morfológicas, estruturais e metabólicas. O presente trabalho teve como objetivo avaliar as propriedades anti- inflamatória e antinociceptiva das frações hexânica (HE), acetato de etila (AE) e hidroalcoólico (HA) de Caulerpa kempfii em camundongos. Para tanto, foram utilizados os modelos de contorção abdominal induzida por ácido acético, teste de placa quente e nocicepção induzida por formalina para avaliar o potencial antinociceptivo das frações, enquanto o teste de peritonite induzida por carragenina foi utilizado para investigar o efeito anti-inflamatório de C. kempfii. No ensaio de contorções abdominais, o HE, AE, HA e dipirona induziram uma inibição de 76,7, 83,9, 90,8 e 89,3%, respectivamente. Já no teste da placa quente, os extratos de C. kempfii não aumentaram o tempo de latência dos animais em todos os tempos avaliados. Na fase neurogênica do teste de formalina, as frações induziram uma inibição de 28,0% (HE), 37,4% (AE) e 35,9% (HA). Enquanto na fase inflamatória, a inibição foi de 55,1% (HE), 44,5% (AE) e 54,9% (HA), enquanto a indometacina inibiu 62,6%. Além disso, na peritonite induzida por carragenina, foi observada uma redução na migração celular após o tratamento com todas as frações. Dessa forma, com o presente estudo, conclui-se que HE, AE e HA de C. kempfii possuem atividade antinociceptiva e anti-inflamatória e poderiam ser utilizados no desenvolvimento de fitoterápicos e na busca por novos protótipos de fármacos.

 

DOI: 10.5935/1984-6835.20150033

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Publicado

06-01-2015