A pandemia de COVID-19: vivendo no Antropoceno

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Palavras-chave:

COVID-19, globalização, urbanização, distanciamento social, impacto ambiental

Resumo

Em dezembro de 2019 foi identificada uma nova doença infeciosa em Wuhan, China, posteriormente chamada COVID-19. Em poucas semanas a epidemia se converteu em pandemia e no mês de março de 2020, a metade da população do mundo estava em algum tipo de confinamento. O principal objetivo deste trabalho é discutir a pandemia de COVID-19 como uma consequência das principais característica do Antropoceno e, também, as evidências do impacto humano sobre o meio ambiente após o surto da pandemia e a adoção de medidas restritivas em diferentes países do mundo. Urbanização, industrialização, globalização, mudanças climáticas, desmatamento e desigualdade social, especialmente em países em desenvolvimento ou pouco desenvolvidos, que têm sistemas de saúde mais frágeis e uma capacidade limitada de enfrentar o rápido aumento de casos, contribuem para crises no sistema de saúde. São apresentados diversos exemplos dos impactos ambientais e discutidos exemplos da diminuição das concentrações de poluentes atmosféricos primários (principalmente material particulado fino e NO2), assim como outros efeitos negativos, tais como o aumento nos níveis de ozônio troposférico e no despejo de resíduos de serviços da saúde. Como um fenômeno global da “Idade dos Humanos”, a pandemia de COVID-19 requer o esforço urgente e coordenado dos países para enfrentar a crise. A pandemia é uma oportunidade de aproveitar o espírito de cooperação, abraçar a diversidade socioambiental e chegar a soluções que permitam gerenciar o futuro do planeta coletivamente.

Publicado

28-08-2020