Caracterização química de amostras de biocarvão de casca de banana e bagaço de laranja carbonizados a 400 e 600°C

Autores

Palavras-chave:

biochar, HPA, biocarvões, residuos agroindustriais, cinzas, XRF, CONAMA 420

Resumo

O biocarvão é um produto da pirólise de resíduos orgânicos com potencial uso na agricultura. A utilização depende de suas propriedades físico-químicas, que variam de acordo com a biomassa e o processo de pirólise utilizado. As agroindústrias de processamento de laranjas e bananas geram uma grande quantidade de resíduos. Nós produzimos biocarvão de cascas de banana e bagaços de laranja com pirolise a 400 e 600 °C. Os resultados mostraram variação das características em função da biomassa e da temperatura de pirólise. Todos biocarvões mostraram pH alcalino. Os biocarvões de casca de banana apresentam elevados valores de cinzas e condutividade elétrica. Os teores de carbono variaram 50 – 60 %. Os teores de Cu limitam o uso agrícola, assim com o teor de naftaleno no biocarvão de bagaço de laranja carbonizado a 600°C. São necessários estudos complementares sobre vantagens agronômicas e riscos da utilização deste biocarvões nos solos tropicais.

Biografia do Autor

Wenceslau Geraldes Teixeira, EMBRAPA SOLOS

graduado em Engenharia Agronômica pela Universidade Federal de Viçosa (1989), mestre em Agronomia (Solos e Nutrição de Plantas) pela Universidade Federal de Lavras (1992) e doutor em Geoecologia (Dr. rer. nat.) pela Universidade de Bayreuth - Alemanha (2001). Desde 1995 é pesquisador da Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária (Embrapa) lotado atualmente na Embrapa Solos - Rio de Janeiro. Participa como professor associado da Universidade Estadual do Rio de Janeiro (UERJ) no curso de pós-graduação em Engenharia Ambiental (PEAMB e DEAMB). Trabalha na área de Agronomia, com ênfase em Física, Manejo e Conservação do Solo e da Água, atuando principalmente nos temas: modelagem da formação e evolução de horizontes de solos antrópicos (Terras Pretas de Índio, Sambaquis, Geoglifos); caracterização físico-hidrica de solos tropicais, modelagem de fluxos de água e solutos no solo em sistemas agrícolas e florestas; uso de carvão vegetal (biochar) como condicionador do solo e adsorvente de resíduos, e condicionantes abióticos do solo na incidência do Amarelecimento Fatal (AF) da palma de óleo (Elaeis guineensis). Participou como professor associado do Programa no curso de pós-graduação em Agronomia Tropical da Universidade Federal do Amazonas (UFAM) Membro da Sociedade Brasileira de Ciência do Solo, bolsista de produtividade do CNPq.

Publicado

28-08-2020