DETERMINAÇÃO DE SUSBTÂNCIAS BIOATIVAS EM ARILOS DOS FRUTOS DE Clusia fluminensis Planch. & Triana

Autores

  • Karen Elbert Leal Mazza Universidade Federal do Rio de Janeiro
  • Manuela Cristina Pessanha de Araújo Santiago Embrapa Agroindústria de Alimentos
  • Sidney Pacheco Embrapa Agroindústria de Alimentos
  • Luzimar da Silva de Mattos do Nascimento Embrapa Agroindústria de Alimentos
  • Elaine Cristina de Oliveira Braga Universidade Federal do Rio de Janeiro
  • Víctor de Carvalho Martins Universidade Federal Rural do Rio de Janeiro
  • Carolina Passos da Cunha Universidade Federal Rural do Rio de Janeiro
  • Ronoel Luiz de Oliveira Godoy Embrapa Agroindústria de Alimentos
  • Renata Galhardo Borguini Embrapa Agroindústria de Alimentos

Palavras-chave:

Clusiaceae, vitamina C, carotenoides, flavonoides, ácidos fenólicos.

Resumo

O Brasil é considerado o país que detém a maior biodiversidade do planeta, muitas de suas espécies botânicas são endêmicas. O estudo fitoquímico, através da separação e caracterização das substâncias presentes nas plantas, pode contribuir para o aumento da importância econômica e a sobrevivência destas espécies botânicas como a Clusia fluminensis Planch. & Triana. Esta planta, conhecida popularmente como abaneiro e mangue-de-praia, pertence à família Clusiaceae, é nativa e endêmica do Brasil, sendo encontrada principalmente nos estados da Bahia, Espírito Santo e Rio de Janeiro. O objetivo deste trabalho foi caracterizar, por Cromatografia Líquida de Alta Eficiência (CLAE), as substâncias bioativas presentes nos arilos do fruto de Clusia fluminensis. Para este estudo, os frutos foram coletados nos bairros Barra da Tijuca e Recreio dos Bandeirantes, na cidade do Rio de Janeiro - RJ. As análises cromatográficas foram realizadas a partir dos extratos dos arilos com sementes dos frutos. Foram identificados compostos fenólicos como os ácidos protocatecuico, 4-hidroxibenzoico e 4-hidroxicinâmico (p-cumárico), o flavonoide rhamnetina (7-metóxiquercetina) e os carotenoides luteína, zeaxantina e ?-criptoxantina. Foi quantificado um baixo teor de vitamina C nos arilos do fruto (3,77 mg.100 g-1). Destaca-se a elevada concentração de zeaxantina (823 µg.g-1), carotenoide que desempenha um importante papel na mácula, com teor 206 vezes superior ao milho verde in natura. Poucos trabalhos científicos publicados são relacionados a esses frutos. Por isso, os resultados contribuem para uma melhor compreensão da composição química desta espécie, ao descrever a ocorrência de substâncias bioativas nos arilos dos frutos de Clusia fluminensis.

Publicado

07-03-2019