Variabilidade Química de Geoprópolis Produzida pelas Abelhas sem Ferrão Jataí, Mandaçaia e Mandurí

Autores

  • Danielle V. Cardozo Universidade Estadual do Centro Oeste
  • João B. Mokochinski Universidade Estadual de Campinas
  • Christiane S. Machado Universidade Estadual do Centro Oeste
  • Alexandra Christine Helena F. Sawaya Universidade Estadual de Campinas
  • Isis K. Caetano Universidade Estadual do Centro Oeste
  • Maria Lurdes Felsner Universidade Estadual do Centro Oeste
  • Yohandra R. Torres Universidade Estadual do Centro Oeste

Palavras-chave:

Geoprópolis, meliponíneos, meliponicultura, variabilidade química, quimiometria, controle de qualidade.

Resumo

As abelhas sem ferrão (meliponíneos) são popularmente conhecidas como abelhas nativas e destacam-se como importantes polinizadores de várias culturas agrícolas. As colônias de abelhas sem ferrão são comercializadas com fins ornamentais e ambientais. O mel produzido por esses insetos apresenta sabor peculiar, sendo vendido a valores superiores que o mel de Apis mellifera. As abelhas sem ferrão produzem a geoprópolis que é constituída por resina vegetal misturada a terra e/ou barro. Apesar da crescente importância econômica da meliponicultura, ainda são escassos os estudos relacionados aos produtos da colmeia de meliponíneos. No presente estudo são comparadas a composição química, qualitativa e quantitativa, e a capacidade antirradicalar de geoprópolis coletadas em meliponários da região de Prudentópolis, Paraná. O estudo foi baseado na determinação de parâmetros quantitativos, como os teores de fenóis totais, os teores de flavonoides, bem como a capacidade antirradicalar dos extratos de geoprópolis. Também foram comparados os perfis de dados espectrais por UV-Vis e Espectrometria de Massas com Ionização por Eletrospray (ESI-MS) obtidos para os diferentes extratos. Através de UPLC-MS/MS foi possível identificar 12 componentes da geoprópolis. Ao mesmo tempo, foi avaliada a variabilidade química da geoprópolis em função da espécie de abelha produtora (Tetragonisca angustula (Latreille), Melipona quadrifasciata quadrifasciata (Lepeletier) e Melipona marginata (Lepeletier)) e da época da coleta para uma mesma região geográfica utilizando-se ferramentas estatísticas, como a Análise de Variância (ANOVA) e a análise multivariada (Análise das Componentes Principais, ACP). A ANOVA apontou que tanto a espécie da abelha como a época de coleta influenciaram significativamente nos teores de fenóis totais, de flavonoides e na capacidade antirradicalar da geoprópolis. Adicionalmente, a análise multivariada agrupou as geoprópolis por espécie de abelha, indicando que, para uma mesma região geográfica, a composição química dos extratos da geoprópolis é determinada pela espécie de abelha nativa.

 

DOI: 10.5935/1984-6835.20150146

Biografia do Autor

Yohandra R. Torres, Universidade Estadual do Centro Oeste

Áreas de interesse;

  1. Química dos Produtos Naturais;

  2. Metodologias analíticas aplicadas a produtos naturais e à Química Ambiental

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Publicado

23-09-2015