Transposição de Cádmio e Zinco da Baía de Sepetiba, e sua Deposição em Sedimentos do Estuário do Rio Cabuçu-Piraquê (Rio de Janeiro, Brasil)

Autores

  • José Lucas Alves-Neto Universidade do Estado do Rio de Janeiro
  • Arthur Vinícius L. Barbosa Universidade do Estado do Rio de Janeiro
  • Munique A. Medeiros Universidade do Estado do Rio de Janeiro
  • Evelton Alves Casartelli Universidade Federal Rural do Rio de JaneiroUniversidade Federal Rural do Rio de Janeiro
  • Alcides Wagner S. Guarino Universidade Federal do Estado do Rio de Janeiro
  • Fábio Merçon Universidade do Estado do Rio de Janeiro

Palavras-chave:

Metal pesado, cádmio, zinco, sedimento, água, frações biodisponíveis, extração de metal-traço, contaminação, estuário, Baía de Sepetiba, Rio de Janeiro.

Resumo

O Rio Cabuçu-Piraquê, um tributário da Baía de Sepetiba, apresenta um histórico de poluição há várias décadas, porém sem que haja um estudo sistemático das origens e do destino de elementos-traço, como o cádmio e o zinco, em seus compartimentos ambientais. A bioacumulação desses elementos pode causar sérios danos à biota dos manguezais de seu estuário, e aos seres humanos consumidores da pesca local. Neste trabalho, foi avaliado o atual estado de contaminação das águas e do sedimento desse rio por meio de diversos parâmetros (concentração de oxigênio dissolvido e de íons fosfato e amônio, entre outros), assim como a possível ocorrência do transporte e acumulação desses elementos metálicos na fração sedimentar da sua região estuarina trazidos pelas águas da baía durante os períodos de preamar. Foram encontradas concentrações de cádmio e de zinco acima daquelas consideradas seguras pela legislação brasileira, tanto na fração fina (< 63 µm) do sedimento, médias de 5 e 1351 mg kg?1, respectivamente, quanto nas águas durante o período de preamar, 0,09 e 0,31 mg dm?3, respectivamente. Ambos os elementos metálicos foram encontrados apenas nas frações operacionais mais biodisponíveis das águas, enquanto nos sedimentos foram encontrados valores médios de 92 % para o Cd, e de 97 % para o Zn nessas mesmas frações. A partir das concentrações desses elementos metálicos nas águas provenientes da cunha salina gerada pela baía, foi possível inferir-se um influxo destes para o estuário, a partir do material presente nas águas da baía, podendo ser tal processo de transporte um dos principais contribuintes à contaminação dos manguezais locais.

 

DOI: 10.5935/1984-6835.20140085

Biografia do Autor

José Lucas Alves-Neto, Universidade do Estado do Rio de Janeiro

Doutorando em Química (Química Ambiental) pelo Instituto de Química da Universidade do Estado do Rio de Janeiro, com defesa prevista para julho de 2014.

Mestre em Ciências Biológicas (Biofísica) pelo Instituto de Biofísica Carlos Chagas Filho da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ).

Bacharel e Licenciado em Química pelo Instituto de Química da UFRJ.

Coordenador do Curso Técnico em Química na Escola Técnica Estadual Santa Cruz, pertencente à Fundação de Apoio à Escola Técnica do Estado do Rio de Janeiro (FAETEC), atua como Professor da disciplina de Química Ambiental.

Arthur Vinícius L. Barbosa, Universidade do Estado do Rio de Janeiro

Graduando em Engenharia Química pelo Instituto de Química da Universidade do Estado do Rio de Janeiro.

Munique A. Medeiros, Universidade do Estado do Rio de Janeiro

Graduanda em Engenharia Química e Graduada em Licenciatura em Química pelo Instituto de Química da Universidade do Estado do Rio de Janeiro.

Evelton Alves Casartelli, Universidade Federal Rural do Rio de JaneiroUniversidade Federal Rural do Rio de Janeiro

Doutorado e Mestrado em Química (Química Analítica Inorgânica) pela Pontifícia Universidade Católica do Rio de Janeiro.

Graduado em Química Industrial pela Universidade Federal Fluminense.

Professor Adjunto do Departamento de Química da Universidade Federal Rural do Rio de Janeiro, atua nas disciplinas de Química Analítica, Química Ambiental e Análise Instrumental    

Alcides Wagner S. Guarino, Universidade Federal do Estado do Rio de Janeiro

Doutorado em Química Inorgânica pela Universidade Federal do Rio de Janeiro.

Mestrado em Química (Química Analítica Inorgânica) pela Pontifícia Universidade Católica do Rio de Janeiro.

Graduado em Química pela Universidade do Estado do Rio de Janeiro.

Professor Associado da Universidade Federal do Estado do Rio de Janeiro (UNIRIO) e Diretor do Departamento de Documentação e Registro de Assuntos Docentes, vinculado à Pró-Reitoria de Graduação da UNIRIO, tem experiência nas áreas de Análise de Elementos-traço e de Química Ambiental.

Fábio Merçon, Universidade do Estado do Rio de Janeiro

Doutorado e Mestrado em Engenharia Química pela Universidade Federal do Rio de Janeiro.

Graduado em Engenharia Química e Licenciado em Química pela Universidade do Estado do Rio de Janeiro.

Professor Adjunto da Universidade do Estado do Rio de Janeiro, tem experiência nas áreas de Ensino de Química, Química Ambiental e Processos com Membranas.

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Publicado

07-10-2014