A química dos produtos finais de glicação avançada

Autores

  • Natália Machado Pereira de Oliveira Torres Universidade Federal de Minas Gerais
  • Jadriane de Almeida Xavier Universidade Federal de Alagoas
  • Marília Oliveira Fonseca Goulart Universidade Federal de Alagoas
  • Rosemeire Brondi Alves Universidade Federal de Minas Gerais
  • Rossimiriam Pereira Freitas Universidade Federal de Minas Gerais

Palavras-chave:

glicação, produtos finais de glicação avançada (AGEs), compostos carbonílicos reativos, antiglicante, anti-AGEs

Resumo

A glicação é o termo IUPAC mais geral usado para descrever uma reação não enzimática entre açúcares e outras biomoléculas. Entretanto, o termo glicação é também muito frequentemente usado para descrever não a reação per se, mas a sequência de reações não enzimáticas que se inicia quando açúcares redutores como glicose e frutose reagem com grupos nucleofílicos de aminoácidos constituintes de proteínas, lipídeos ou ácidos nucleicos, gerando os chamados produtos de glicação avançada (AGEs, acrônimo em inglês para Advanced Glycation End-Products). Estes produtos, também formados por outras rotas metabólicas, estão associados a diversas disfunções fisiológicas no organismo como a aterosclerose, a osteoporose, a asma, a artrite, a sarcopenia, a doença de Alzheimer, o câncer e diversas complicações diabéticas. Devido aos efeitos biológicos já relatados, a busca por moléculas que inibam a formação de AGEs é de extrema importância. A presente revisão pretende mostrar os aspectos químicos relacionados com a formação, atuação e inibição dos AGEs.

Publicado

15-05-2018