Deposições Atmosféricas Úmida, Seca e Total de Nitrogênio Inorgânico Dissolvido no Estado do Rio de Janeiro

Autores

  • Patricia A. de Souza Universidade Federal Fluminense

Palavras-chave:

Nitrogênio reativo, amônio, nitrato, poluição atmosférica e Mata Atlântica.

Resumo

As entradas atmosféricas de nitrogênio reativo (Nr) nos ecossistemas terrestres têm aumentado drasticamente nas últimas cinco décadas em decorrência das atividades humanas. As deposições atmosféricas desempenham importante papel na remoção de Nr atmosférico e representa uma ferramenta útil para o acesso ao nível de poluição do ar. A presente revisão discute o aporte atmosférico do nitrogênio inorgânico (NH4+ + NO3-) no estado do Rio Janeiro (RJ), assim como suas principais fontes antrópicas. Os fluxos de deposição total de nitrogênio inorgânico amostrados com coletores automáticos de deposição úmida (chuva) e seca (partículas sedimentáveis) e com coletores de deposição total foram compilados de estudos realizados em áreas oceânicas (n = 2), costeiras urbanas (n = 2) e de Floresta Atlântica montana (n = 7) no estado do RJ. Os fluxos de deposição do nitrogênio inorgânico variaram de 4,3 a 17 kg N ha-1 ano-1, com os menores valores encontrados no maciço do Itatiaia e na Ilha Grande (4,3 e 4,6 kg N ha-1 ano-1, respectivamente) e os maiores na Serra dos Órgãos (8,2–17 kg N ha-1 ano-1). A deposição úmida representou a principal via de remoção de nitrogênio inorgânico da atmosfera, compreendendo 83–94% do NH4+ e 57–95% do NO3- depositados. Este trabalho é de grande relevância para o entendimento dos padrões de deposição atmosférica do nitrogênio inorgânico no RJ.

Publicado

08-11-2017