Investigação do Efeito Larvicida da Guiné (Petiveria alliacea) sobre as Larvas de Mosquitos da Espécie Aedes Aegypti

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Palavras-chave:

A. aegypti, P. alliacea, larvicida, guiné, dengue, ovitrampa, saúde pública

Resumo

Atualmente, as principais doenças transmitidas pelo A. aegypti são dengue, chikungunya e zika. Portanto, tem-se adotado medidas de controle do vetor a partir de eliminação dos focos de proliferação bem como do uso de agentes larvicidas. Em virtude disso o presente trabalho tem por objetivo testar a capacidade larvicida de extratos de P. alliacea (Guiné), conhecidamente citotóxica. O extrato bruto da guiné foi utilizado a partir de percolado hidroalcoólico a 30% em diferentes diluições. O álcool presente no extrato foi evaporado por convecção forçada através de fluxo de ar e, ao extrato, adicionou-se dimetilsulfóxido (DMSO) para estabilizar a emulsão. Os ovos foram coletados na região metropolitana de Belo Horizonte. Foram utilizadas placas de madeira em ovitrampas com infusão atrativa para o mosquito e realizou-se coleta e troca com periodicidade semanal. A eclosão foi realizada em condições ambiente não-controladas, porém, monitorizadas. Foram ensaiados dois grupos, teste e controle contendo 25 larvas no estágio 3 em cada diluição. Nos grupos controles utilizou-se as mesmas diluições da solução percolada (1%, 3%, 5%, 10%, 25%, 50%v/v) utilizada para o grupo teste a fim de refutar efeito larvicida do DMSO. Os ensaios foram realizados em triplicatas. Os resultados mostram que há hiperexcitabilidade das larvas nos extratos da guiné seguido de morte nas concentrações mais altas quando comparados aos grupos controle. Assim, foi evidenciado o efeito citotóxico do extrato da P. alliacea sobre as larvas do A. aegypti e comprovou-se seu efeito larvicida. As diluições que apresentaram menor taxa ou ausência de mortalidade foram as de 1 e 3%v/v. Os resultados mostraram que o extrato de Guiné pode ser utilizado como larvicida em concentrações superiores a 5%v/v.

Publicado

05-07-2018