Variação Sazonal de Mercúrio Total em Sururus (Mytella charruana, Orbigny, 1842) de uma laguna tropical, NE, Brasil

Autores

  • Pedro Américo S. Higino Universidade Estadual do Norte Fluminense
  • Taise B. de Jesus Universidade Estadual de Feira de Santana
  • Carlos Eduardo V. de Carvalho Universidade Estadual do Norte Fluminense
  • Liliane S. S. Tonial Universidade Federal de Alagoas
  • Tereza Cristina S. Calado Universidade Federal de Alagoas

Palavras-chave:

Metais pesados, molusco, contaminação.

Resumo

O objetivo do presente estudo foi avaliar a variação sazonal de mercúrio total (Hg) em tecidos moles de sururu (Mytella charruana) de diferentes tamanhos da lagoa de Mundaú, e o possível risco à saúde das populações humanas da região que possuem este organismo como principal fonte de proteína animal em suas dietas. A área de estudo segundo a literatura pode ser considerada como rica em atividades antropogênicas conhecidamente poluidoras como a agroindústria de cana de açúcar que no passado utilizava pesticidas a base de mercúrio. Amostras de moluscos foram manualmente coletadas em quatro épocas do ano (2006-a 2008), duas na estação seca e duas na estação chuvosa e depois separadas em classes de tamanho (15-20; 20-25; 25-30; 30-35; 35-40 mm). Para a determinação do mercúrio foi utilizado o método de extração descrito por Bastos et al 21 . Todas as determinações de mercúrio em amostras de tecido muscular foram realizadas por ICP-AES da Varian (modelo Liberty II) e acessório de geração de vapor frio (VGA-77). A menor concentração média de mercúrio total foi observada no período chuvoso de agosto de 2006 (132,4 ± 17,5 µg.kg-1), e a maior no período seco de março de 2007 (202,4 ± 76,3 µg.kg-1). Apesar desta variabilidade, não foram observadas diferenças significativas das concentrações médias de Hg entre a estação seca e a chuvosa. Por outro lado, foi observada uma diferença estatística significativa nas concentrações médias em relação ao tamanho dos organismos. Indivíduos menores apresentaram as maiores concentrações e estas decrescem com o aumento do seu comprimento.

 

DOI: 10.5935/1984-6835.20120030

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Publicado

29-04-2012