Validação de método analítico para a determinação de tuberculostáticos em formulação de dose fixa combinada por eletroforese capilar

Autores

  • Monica de Gouveia Castex Laboratório Químico Farmacêutico do Exército
  • Shirley de Mello Pereira Abrantes FIOCRUZ

Palavras-chave:

Isoniazida, Rifampicina, Eletroforese Capilar, Validação

Resumo

A Organização Mundial de Saúde (OMS) propôs o protocolo de tratamento quimioterápico padrão para tuberculose utilizando associações de fármacos formulados em doses fixas e adequadas conforme a fase da doença e faixa de peso do paciente. Essa medida visou reduzir a ocorrência de novos casos da doença e minimizar o desenvolvimento de resistência aos medicamentos envolvidos na terapia. Nessas associações, a isoniazida e a rifampicina estão sempre presentes. Ao mesmo tempo, para o combate de uma doença como a tuberculose, cujo custeio se faz gratuitamente pelo Sistema Único de Saúde, a disponibilização de metodologias analíticas confiáveis, rápidas, de baixo custo e menos poluentes, mostra-se extremamente interessante ao orçamento público, particularmente no Brasil, que galgou a sexta colocação no ranking dos maiores consumidores de medicamentos no mundo. A eletroforese capilar (EC) é uma ferramenta analítica que vem se desenvolvendo rapidamente nas últimas duas décadas, por ser uma técnica de alto desempenho e baixo custo, requerer menor volume de amostra e exigir pouca ou nenhuma utilização de solventes orgânicos, além de baixo impacto ambiental. Neste trabalho realizou-se a validação de uma metodologia para análise de isoniazida e rifampicina em comprimidos de Doses Fixas Combinadas (DFC) por EC. A metodologia analítica empregada provou ser aplicável para a determinação quantitativa de isoniazida e rifampicina nos comprimidos de DFC. Comprovou-se que a faixa de trabalho é linear para o intervalo de concentração de 200 a 700 µg/mL e 500 a 1000 µg/mL para isonioazida e rifampicina, respectivamente. A matriz do comprimido 2 em 1 não influencia nas respostas obtidas para análise de isoniazida e rifampicina. As repetibilidades da rifampicina e isoniazida de 3,17 % e 2,64 %, respectivamente, foram aceitáveis quando comparadas com o critério de aceitação de 3,30 % obtido para o coeficiente de variação de repetibilidade calculado pela equação de Horwitz. As precisões intermediárias da isoniazida e rifampicina de 1,41 % e 1,67 %, respectivamente, foram aceitáveis quando comparadas aos coeficientes de variação de reprodutibilidade de 1,97 % e 1,67 % para isoniazida refampicina, respectivamente, calculados pela equação de Horwitz. As faixas de recuperação de 92,16-95,00 % para isoniazida e 97,59-98,41 % para rifampicina foram aceitáveis para o critério do \international Conference Harmonization.

Biografia do Autor

Monica de Gouveia Castex, Laboratório Químico Farmacêutico do Exército

Laboratório Químico Farmacêutico do Exército

Shirley de Mello Pereira Abrantes, FIOCRUZ

Departmento de Química

Publicado

13-01-2018