Complexos de Platina(II) na Terapia do Câncer

Autores

  • Amanda P. Neves Universidade Federal Fluminense
  • Maria D. Vargas Universidade Federal Fluminense

Palavras-chave:

Cisplatina, Platina(II), Atividade citotóxica

Resumo

A busca de complexos de platina para o tratamento do câncer teve início com a descoberta das propriedades citotóxicas da cisplatina no final dos anos 60. Até o momento, mais de 20 compostos entraram em testes clínicos, mas somente 6 foram aprovados para uso comercial. O mecanismo de ação da cisplatina baseia-se na sua ligação covalente com o DNA, o que interfere nos processos de transcrição e replicação celular, levando à apoptose. No entanto, sua alta eficácia é limitada por uma série de efeitos colaterais e mecanismos de resistência associados à sua administração, o que motiva a busca por novos análogos de platina, incluindo complexos "não-tradicionais", como por exemplo, derivados trans, compostos polinucleares, híbridos e complexos de platina(IV). Além disso, diversas formulações baseadas em sistemas de veiculação de drogas têm sido usadas no intuito de carrear os fármacos de platina até o seu alvo, aumentando sua seletividade, acúmulo na célula e, consequentemente, sua atividade citotóxica.

 

DOI: 10.5935/1984-6835.20110023

Biografia do Autor

Amanda P. Neves, Universidade Federal Fluminense

Possui doutorado em Química pela Universidade Federal Fluminense (2011) e graduação em Química Licenciatura pela Universidade do Estado do Rio de Janeiro (2005). Foi professora substituta do Departamento de Química Inorgânica da UFF de 2007 a 2009. Atua principalmente nos seguintes temas: síntese de compostos orgânicos derivados de naftoquinonas naturais e de complexos de cobre e platina com potenciais atividades biológicas.

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Publicado

05-09-2011